domingo, 6 de janeiro de 2008

Domenico Monardo, a cultura do café na historia de uma família calabresa

Em 1890, na cidade de Vallelonga - Calábria, sul da Itália, nasceu Domenico Monardo. Em dificuldades, assim como toda a Itália, Monardo, aos seus 36 anos, embarca para o Brasil, esperançoso, despedindo-se de sua família, 5 filhos e sua pátria. Inspirado na idéia de trabalhar em uma fazenda de café em Ribeirão Preto, Monardo falece poucos meses após seu desembarque no Porto de Santos. Assim, a biografia de Domenico Monardo no Brasil é interrompida, deixando um vácuo na história. Nasce, então, em 1960, na cidade de Reggio Calábria, Antonello Monardo, neto de Domenico. Seguindo, sem saber, os passos do avô. Antonello visita pela primeira vez o Brasil em 1990, para se mudar em 1996, também aos 36 anos. As coincidências não param por aí. Antonello cria a grife de café “Antonello Monardo Caffè Espresso”, que seleciona os melhores grãos produzidos no Brasil, como quem vem para terminar a missão iniciada por Domenico nos campos de café de Ribeirão Preto. Tudo isto acontece na cidade de Brasília, cidade considerada mística, aonde o Santo Italiano Dom Bosco nascido em 1815 teve um sonho, que repetidamente uma voz lhe dizia que "...quando vierem escavar as minas ocultas, no meio destas montanhas, surgirá aqui a terra prometida, vertendo leite e mel. Será uma riqueza inconcebível..." e concretizada pelo Presidente Juscelino Kubitschek criando a atual Capital da Republica no mesmo ano do nascimento de Antonello, 1960! A figura de Domenico representa a história do café, da Itália e do Brasil; a de Antonello, o resgate da cultura do café no Brasil, unindo novamente brasileiros e italianos ao apresentar o café brasileiro, processado em máquinas italianas, como um dos mais apreciados do mundo.